quarta-feira, 27 de maio de 2009

"O cara comum"

Ele era um cara comum

Mas não possuía limites

Certo de suas convicções

Não aceitava palpites

Sempre acreditou no destino

De algum jeito eles ficariam quites...

 

Ele era um cara não tão comum assim

Tinha suas peculiaridades

Preferia acreditar em certas mentiras

Do que às vezes encarar as dores

Das verdades

Achava que o sofrimento poderia ser retardado

Encobria suas inseguranças

Não demonstrava suas desconfianças

Das poucas lembranças

Dos traumas que sofreu quando criança.

Fantasiava-se de gladiador

Entre um escudo

E uma lança.

Prestes a acabar com o seu rancor.

 

O cara possuía tudo

Ao mesmo tempo não obtinha nada

Ele era um cara de muito estudo

Mais nenhuma de suas teorias nunca fora empregada

Sua cabeça era um quebra-cabeça

Sem a ultima peça nunca ter sido encaixada

O cara era completo

Repleto de memórias de uma vida inacabada

Alguns o chamariam de correto

Mas sempre propenso a escolha errada

Tentava ser discreto

Tenso por ter algum dia sua vida relatada

Ele era um cara incomum

Pois de comum não tinha nada!

                                                                                         Ritter

Nenhum comentário:

Postar um comentário