terça-feira, 28 de abril de 2009

RAIO - X

No more stress,
now im straight,
now I get it now I take
Time to think,
before I make mistakes
just for my familys sake
That part of me left yesterday
the heart of me is strong today
No regrets im blessed to say
the old me dead and gone away.


I've been travelin
on this road to long
Just trying to find
my way back home
The old me
is dead and gone

segunda-feira, 27 de abril de 2009

"Só'





Acho que já cansei!

É?

Já deu!

Deu nada...

Já sim...

Por quê?

Não era para ser...

Como assim?

Ah, eu me aborreci.

Serio?

Com toda certeza!

Certeza?

Sim!

Não tem mais jeito?

Só não tem jeito pra morte...

Então?

Cansei de tentar...

Vai desistir?

Não estou desistindo!

Ta fazendo o que então?

To me desligando!

E quando vai se ligar de novo?

Só Deus, pra saber...

Resumindo, já era?

Já!

Quer falar sobre isso?

Não!

Quer mudar de assunto?

Não!

O que tu queres, então?

Ficar na minha.

Vou indo.

Adeus.

Pra que isso?

O que?

Esquece!

Acho bom...

Por quê?

Ninguém vai entender mesmo.

Será?

Eu sei.

Não quer tentar se explicar?

Vê se me erra.

Acho que você ta precisando de ajuda!

Acho bom você cuidar da sua vida.

Perdão, achei que poderia ajudar!

É, mais não pode.

Quer ficar sozinho, então?

Já falei.

Entendi.

Ate que fim.

Está angustiado?

Não!

Aflito? Atormentado?

Cala a boca!

Talvez seja melhor!

Isso, deixe-me só. 

                              Ritter                                                                                                                  

"A culpa foi do café"


Sabia que caminho seria longo,mais o tempo no começo parecia passar muito rápido quando estava com você, foi quando ele começou a diminuir sua rapidez, achei que era porque a estrada já não se encontra em perfeitas condições, o nosso meio de transporte também não, os pneus estão ficando carecas, a suspensão já se encontra fazendo um barulho irritante, as condições do tempo atrapalha, começamos a nos perder.

Perdemos a paciência, as musicas do começo da viagem começaram a ficar chatas, enjoativas, percebo que os planos feitos ao longo da viagem vão se perdendo, acontecimentos inesperados vão acontecendo, o nosso mapa se estragou devido você não me escutar enquanto bebia café, com o carro em movimento, fico aborrecido, por quantas vezes ter te avisado que era para esperar eu estacionar, mais não, você não me escutou. 

Estamos perdidos, sem qualquer senso de direção, não só seu que nos guio, você também esta me dando as coordenadas ao longo da viagem, usamos nosso instinto, depois no mapa estragado pelo seu café, a viagem passa a não ser a mesma, começamos a entrar em divergência, a calma passa a ser a nossa maior virtude, mais também a mais longe de ser alcançada neste momento, não gosto suporto suas atitudes, você já não me passa mais tanta segurança, ainda fico matutando em minha cabeça, a quantidades de vezes que te avisei, mesmo assim pedi para que não repetisse novamente, soubesse o momento certo, afinal o mundo não iria acabar se você esperasse mais um pouco.

A nossa viagem começa a entrar por um caminho sem volta, não sabemos onde estamos. O som agora já se encontra desligado, você nem parece não ter ligado para o que eu disse, e o pior de tudo, na minha concepção, acho que eu tenho toda razão na estória. Você se preocupa com outras coisas, procura em sua bolsa, algo para se distrair, acha um daqueles joguinhos tetris, a minha raiva cada vez mais aumenta , começo a ficar impaciente, aquele barulhinho misturado, com o barulho da suspensão, e seu assovio, faz com que eu acumule um serie de pensamentos negativos sobre você, sobre nos, sobre a nossa relação.

Passo a lhe observar de outra maneira, passo a conhecer seu jeito desconhecido ou talvez que eu nunca quis enxergar, começo a me desencantar e me fazer perguntas, ao tentar encontrar aquela mulher que escolhi para traçar o caminho de minha vida comigo, aquela que eu levaria café na cama e acordaria sendo beijada; talvez  por ela renunciaria a gelada dos finais de semana, gastaria todo meu tempo possível, esqueceria das responsabilidades, mesmo que tivesse que escrever um artigo para o jornal da manha seguinte,acontece eu a apenas a amava, então o que aconteceu o longo do caminho?

Já se passaram algumas horas, e nenhuma palavra foi dirigida, nem se quer um pedido de desculpas, quero ir ao banheiro, mais não desejo parar, meu desejo e continuar seguindo em frente, empurrando com a barriga toda aquela situação, pois me iludo ao achar que logo que chegarmos tudo vai voltar a ser como era antes.

Ate que você pega o café novamente, dessa vez não falo nada, me calo, fico apenas observando, deixo que você faça o que quiser dessa vez, acabo percebendo que logo adiante que o asfalto esta prestes a acabar, a suspensão esta quebrada, o carro vai chacoalhar, e você vai cometer o mesmo erro, dito e feito, dessa vez foi o estofado do carro, serei obrigado a agüentar a viagem com cheiro do maldito café, caminho se tornara mais longo.

Minha cabeça começa a latejar, seguro no volante com extrema força, meu semblante muda, continua calado, mais estou bufando feito um touro, e o pior você parece não se importar com o que aconteceu, nem sequer pediu desculpas, no meu ponto vista, achava que poderiam acontecer milhões de outros acontecimentos nesta viagem, mais não que você fosse fazer isso novamente, será que não enxerga que não foi um acidente? Persististe no erro!

Depois de alguns minutos, meu stress aumenta, enxergo uma placa, há uma cidade próxima há alguns quilômetros,já se passou a hora do almoço e preciso ir urgentemente ao banheiro, a estrada não possuía acostamentos, começa a tudo dar errado. Sigo em direção a informação que constava na placa, estaciono em um hotel.

Eu acordo você friamente, e peço que se estiver com fome, faça seu prato ou senão desejar alimentar-se, que tome ao menos um café.

Fui sarcástico, depois de voltar do banheiro, não me encontro aliviado, pelo contrario, ao te olhar, percebo que seria melhor se seguisse viagem sem a sua companhia e que talvez seu lugar não fosse mesmo naquele carro ao meu lado, enfrentando trancos e barrancos, talvez não fosse do seu perfil ter de agüentar isso tudo, afinal pelo seu comportamento durante o caminho que percorremos, que esta viagem nem parece tão importante pra você e sei que o pior de tudo, jamais me esquecerei do café, o cheiro esta por todo lugar.

Vou ate a sua direção, você diz que esta cansada, eu respondo logo em seguida que também estou exausto, sugere então para descansarmos em um quarto, eu concordo.

Converso com o gerente, peço meia- diária, ele faz um abatimento no preço, conseqüentemente percebo que uma conversa, pode mudar tudo, talvez um pedido de desculpas, menos orgulho ou se você me conhecesse  melhor apenas através do meu olhar, mais chega de “se”, estamos vivendo “o agora”, e não sei se quero deitar-me ao seu lado, sei que seu poder de sedução e fatal, temos uma forte questão de pele, isso faria com que eu  esquecesse assim o café, e meus pensamentos sobre saber se você e a pessoa certa para estar comigo, ou seus defeitos agora tão enormes talvez sumissem depois que eu gozasse.

O recepcionista nos leva ate o quarto, me entregava à chave, me deparo com o numero do quarto, na porta esta escrito em uma placa 08, acabo por deparar-me com uma ironia do destino.

Logo faço uma analogia ao perceber que corresponde ao ciclo da vida, por isso usamos anel, pois e assim que homenageamos o amor que sentimos um ao outro, não tem começo nem fim, e um zero, gira sempre, por isso o simbolismo por trás das alianças de casamento, o outro numero era o 8 , que quando deitado, torna-se o símbolo de infinito, e para mim naquele momento, estava tudo se acabando tudo desmoronando.

Hesitei ao entrar naquele quarto, e decidi assim não fazer, imediatamente, desci correndo as escadas, paguei a diária adiantada, deixei um dinheiro no cofre, pedi para que entregasse a chave pra você assim que acordasse, junto com a passagem de volta para o lugar que eu te tirei.

Entro no carro, começa a passar um filme em minha cabeça, não há tempo para duvidas, apenas para certezas, e neste momento estou aliviado.

Há certa adrenalina nesta viagem, estou correndo, me tornando livre; afinal você não esta pronta para seguir junto viagem junto comigo, nos pensamos diferentes, agimos também, ocorre que fomos submetidos, pela energia da paixão, da empolgação, do sexo, mais e depois, quando tudo acabar?

No carro percebi que precisaria ser muito mais tolerante, e que você deveria ter me escutado mais, se quisesse que desse certo, mais talvez tenha sido melhor assim.

Eu parti sem me despedir, afinal despedidas são tristes, e sempre há espaços para flashbacks ou feridas, pois sempre vai ver algum dos dois que não aceita, e jogar na cara tudo que estava guardada a sete chaves durante a relação.

No final percebi que só conhecemos nossa companhia em viagens, e nossa chegou ao fim, vou seguir sozinho a partir de agora, e olha de forma alguma foi culpa sua, a culpa foi da estrada, do carro, das musicas, a “culpa na verdade foi do café”.

                                                                                                                                                   RITTER

domingo, 26 de abril de 2009

Lembranças...


Eu me lembro dos meus primeiros dias de aula logo que mudei de escola; acordava cedo, como ainda não havia uniforme, ficava pensando em qual roupa usar, se haveria algum conhecido com quem conversar, cruzava os dedos para que houvesse mais meninas que meninos, e contava os minutos para que chegasse logo, para que passasse logo o trauma do primeiro dia de aula, pois depois saberia que logo tudo ai se normalizar.

Eu me lembro das noites anteriores as partidas de finais de campeonato em que eu disputava. A insônia batia, a dificuldade de se concentrar, saberia que toda escola estaria naquele local observando, que depois de duas horas que o juiz apitasse, eu poderia sair como um vencedor ou como perdedor; sair de cabeça erguida ou abaixada; com um grande sorriso pronto pra comemorar a vitoria, ou apenas ir pra casa e relembrar os erros em que cometemos durante este tempo. Depois de um tempo fui perceber que as minhas melhores partidas ocorriam fora do meu estado, pois não tinha meus pais para me observar, nem aquela paquera pra dizer se jogou bem, era eu e a comissão técnica. Não havia cobrança. Mas aprendi que a maior cobrança vinha de mim mesmo.

Eu me lembro do meu primeiro beijo na segunda serie. Uma amiga tinha me chamado para sua casa afirmando que teria uma festa. Mentira! Só havia eu e ela e seus pais haviam viajado. Dentro de mim havia aquele anseio por descobrir logo o gosto daquela boca, como seria o tal do salada mista tão falado. Depois que fechei os olhos, logo depois do primeiro, tudo se normalizou. Agradeço por ter sido desta maneira, mas devo afirmar que também fiquei nervoso. Passava pela minha cabeça se depois daquilo tudo haveria uma outra tarde que nem aquela, mal sabia que aquilo ali era como os acontecimentos da minha vida. Sofria por antecipação.

Eu me recordo também dos dias que tinha de fazer provas; do nervosismo de querer tirar uma nota alta; de ouvir felicitações dos meus pais; ficar logo de férias; Época engraçada essa, porque eu mal dormia e acordava de madrugada ainda. Chegava na hora da prova, estava com sono, nervoso, diga-se de passagem, que eu ainda guardava o lugar de uma amiga inteligente, pois só o fato dela se encontrar ali na minha frente, já me passava confiança, lógico havia alguém que poderia me socorrer, em qualquer questão de duvidas.

Lembro da minha primeira briga: do nervosismo de saber quem ia dar o primeiro soco, da raiva que eu sentia, e também aquela mesma cobrança de não decepcionar as pessoas por qual eu estava ali. Nunca fui de arranjar confusão. As pessoas acabavam me colocando nela. Existe em um espírito protetor, pois bem, eu queria proteger, torcia pra que eu saísse ileso e não voltasse com nenhum machucado sério, pois saberia que ia ser bem pior. Infelizmente aconteceu uma vez. Se quer saber, foi a melhor. Aprendi muito com isso e digo, certas vezes, que um soco vale mais que mil palavras.

Lembro de tantos acontecimentos e passo a enxergar que estes mesmos fatos que mais me incomodava, acabaram passando. Percebi que tudo era questão de tempo, e apenas restaram as lembranças. Vejo também, que não mudei muito, que ainda guardo meus medos e meus anseios. A insegurança ainda faz parte da minha vida, por mais que hoje ela esteja escondida pelo orgulho, afinal meu melhor amigo é meu travesseiro: só ele sabe o que realmente se passa ou realmente quem sou. Tenho certeza que meu quarto é o lugar onde mais me sinto seguro. Nas ruas não, há perigo, se você não parecer forte, torna-se vulnerável, e não gosto de me sentir assim, por isso toda essa ansiedade me atrapalhava tanto na minha vida. Isso trouxe conseqüências: tornei-me um fumante. Quando você traga um cigarro, você faz o movimento de inspirar e respirar por diversas vezes. É o mesmo movimento que um médico manda fazermos quando nos consultamos. Isso nos relaxa, mas também vicia. A pior desculpa foi quando eu dizia que só fumava quando eu bebia. Ocorre que eu fiquei de férias, bebi quase todo dia, tornei-me um fumante de carteirinha, na verdade, de carteira.

Hoje penso que se fosse menos ansioso, mais relaxado ou se me cobrasse menos, talvez poderia saborear mais os meus dias. Por um lado foi bom: vejo que tenho um certo lado perfeccionista ou talvez não, apenas não gosto de decepcionar os outros. Por mim, estaria sempre correspondendo a todas as expectativas, seria cem por cento.

Agora, neste momento, bate uma ansiedade, um nervosismo que logo depois que der um clique no mouse, tudo que escrevi, vai se tornar público. Várias pessoas têm comentado sobre o que eu escrevo. No fundo no fundo, isso me faz bem, eleva meu ego, ao mesmo tempo me cobro mais, forço meus pensamentos, tento explorar o Máximo da minha criatividade. Reflito que se eu não apertar, vou estar me contradizendo, pois, como afirmei, tudo o que me preocupei, virou passado, e sei que amanhã novas postagens virão e este desabafo sobre meus medos virarão passado. Fumo um cigarro, lembro de uma piada super sem graça que meu pai me contou, ele sempre disse que tudo na vida é passageiro, menos o cobrador e o motorista. Tudo vai virar lembranças.

Em sumo, de que adiantaram as preocupações?

Nada. Sofrer por antecipação é uma merda. Todos deveríamos sofrer depois de lutar, suar por ter sido derrotado, sofrer depois que a nota chegasse, depois que o dente batesse na boca da menina, sofrer depois de saber que aqueles amigos dos quais se preocupavam, talvez nem lembre seu nome no futuro. Afinal, não somos nós que diremos quando sofrer e sim a vida. Antecipar isso é idiotice. Acredite, eu fui um.

                                                                                                                                 Ritter

sábado, 25 de abril de 2009

Dubio ser

Eu só sei que nada sei.

Prefiro não saber, certas coisas que e melhor esquecer.

Certas vezes e melhor nos fazermos de cego e fingir que nada vê.

 

Eu só sei que muito sei.

Mais gosto que achem que sei pouco,

Faço-me de sonso, às vezes

O desbravador de pensamentos

Se faz louco.

Por muito se questionar

Ele tenta compreender

Nunca encontrara todas repostas 

Por ser um dubio ser


Só que hoje me encontro em um estado sã consciência

A vida fez seu papel

Transformando-me um ser com novo

Mais com muita experiência.

 

Eu só sei que nada sei.

Eu sei que muito sei.

Eu só sei que agora que me toquei.

Que e assim que sigo minha própria lei.

O próximo passo a ser dado

Deixo que o destino se encarregue

Porque eu não sei.


                                                                     Ritter

O amor faz companhia?

O amor passa?

O amor e capaz de passar?

Você diria que o amor e passageiro?

Que ele e capaz de seguir viagem

E você ficar?

Quem e esse afinal?

Ele encontrasse em que terminal?

Como ele se parece?

Todo mundo diz que conhece

E que sente.

Quem e esse tal de amor realmente?

Quando ele chega? Quando ele parte?

Quando ele vem?

Quando ele nos faz refém?

Conseguiríamos viver sem?

O amor da medo? Existe algum segredo?

Por que ele nos faz brinquedo?

Quando e tarde? Quando e cedo?

E melhor de noite ou de dia?

E se eu me encontrar carente?

O amor faz companhia?


                                                                        Ritter

Conselho a uma amiga

Hoje ela se encontra aflita, afirma que esta colhendo os frutos de sua escolha.

Eu tento entender seu lado, ao mesmo tempo me encontro confuso com o que ela diz, procuro saber mais sobre sua estória.

Ela se encontra receosa em dividir seus segredos comigo.

Depois de alguns instantes acho que ela sente confiança em minhas palavras, e começa a abrir seu coração.

Ela diz que estava namorando, decidiu terminar com seu relacionamento.

Achava que ao lado de sua companhia, não se sentia bem, achava que a felicidade não se encontrava no lugar que ela estava ou ela poderia se virar bem só, disse que estava confusa.

Ocorre que hoje, foi um dia daqueles, onde a pessoa sente um vazio, falta daquela companhia, onde a amizade não pode suprir; o paquera não tem a mesma intimidade; a família se preocupa com outras coisas; nada, nem ninguém passam por seu pensamento alem da pessoa que por ela foi abandonada.

Os erros existentes daquela relação, não são mais enxergados, na verdade, ela daria tudo pra poder escutar de novo aquela voz, mesmo que fosse gritando por qualquer ciúme besta, demonstrando toda a insegurança que havia em perdê-la.

Hoje ela não aceita a idéia, que aquele cara tanto criticando nas conversas de telefone para suas amigas; segura em outra mao, beija outra boca, faz declarações em publico; e tudo isso passando por seu pensamento, como se fossem flechas atingindo seu coração.

Enfim, ela não aceita a idéia que o perdeu ou nem mesmo que algum dia seu lugar pode ter sido substituído por outra.

Dou um conselho errado, falo pra que ela corra trás do que realmente quer, ela obedece.

Ela o liga desesperada, pedindo pra ele volte, então ele diz:

 

Eu bem que te avisei

Você não deve ter acreditado

Eu não sei...

Talvez achasse que sempre eu iria te querer ao meu lado

 

Agora, sozinha se encontra

Com seu olhar vago

Você parece tonta,

Tão carente por falta de um afago

Você que não fumava

Do cigarro da um trago

Você faz um cara feia,

Devido ao gosto amargo

Tenta manter sua postura

Mais infelizmente

Eu te conheço demais para acreditar.

Você agora tão insegura

Prestes a desabar

Perdeste a armadura

Qualquer palavra que eu diga pode te desmontar

 

Tento ser carinhoso

Mais a pessoa que estou agora me espera

Ela não se importa com as minhas amizades

Mais você

Ela não tolera

Desculpe, mais tenho que ir

Se quer um conselho,

Faça que nem eu

Arranje outro pra me substituir

Faça alguma coisa que te faça sorrir

Tenho de partir

 

Não quero mais ouvir lastimas

Nesse rosto lagrimas

Mais infelizmente

Somos adultos

A escolha foi sua

Agora colha os frutos.

Eu já passei por esta situação

Nada como o tempo

Para curar as feridas de um coração

Não precisa mais dizer nada

Qualquer palavra sua,

Vai soar em vão.

 

Ela desliga e me liga, perguntando o que faz?

Respondo minha amiga

Agora siga em frente

Sem olhar pra trás. 

Agora infelizmente

Ele já não te quer mais

Espero ser algum dia perdoado

Estou me sentindo culpa

Meu conselho foi mal dado.                                 


                                                                   Ritter

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O destino da bala


A bala saiu da arma que alguém segurava, durante um confronto, já de costume no morro, acontece que, por ninguém saber se era mocinho ou bandido, ela se tornou perdida.

Depois de alguns disparos, por irmãs dela percorrem casas de inocentes, não atingem ninguém que realmente importava.

Ela foi encontrada na cabeça de um senhor que passava, ao voltar do seu longo dia de trabalho.

À bala não esta mais perdida; ela foi encontrada; foi alojada na cabeça de Jose da Silva, pai de três filhos, marido de Joana, que agora esta de joelhos, perante seu corpo, gritando aos céus : quê? Por quê?

Ela se pergunta porque a bala atingiu seu marido, sujeito trabalhador, bom pai de família e bom marido, que escolheu o caminho mais difícil para dar sustento a sua família,em vez do trafico, era um homem sonhador, que abdicava das cervejinhas e pelada com os amigos, para garantir a escola de seus filhos.

Enfim, a bala que estava alojada na cabeça de Jose, foi encaminhada para pericia, para que assim saiba quem e o verdadeiro autor.

Autor, por mais que seja de tal forma acidental, todos são culpados de por fim em uma família, de ganhar mais revolta dos moradores, ate porque a população brasileira já esta acostumada e conformada com essas noticias nos jornais, tornou-se comum, nem mudam mais de canais.

Enquanto isso, Maria esta la, passando dificuldade, com filhos pra criar, pois sua família mora no Nordeste, ninguém há para socorrer, e ela sabe que o leite vai começar a faltar, como se já não bastasse o desespero de ter perdido o marido, agora sua vida, teria uma revolução, por culpa exclusiva de única bala.

Depois de algumas semanas, pois os peritos se julgam muito ocupados para se perocupar de imediato com o acontecido,diga-se de passagem que são funcionários públicos,todos sabem como funciona. E se não fossem, eles justicariam dizendo que achavam que Jose seria um indigente,porque no Brasil e assim, não tem dinheiro, não e importante, não sendo importante, não e cidadão digno de respeito.

Eles acabaram confirmando que a bala e compatível, com as armas usadas pela policia, avisam o Chefe, que pede suborno para o comandante que liderava a missão do morro naquele dia, para que assim ponham fim ao caso, não sendo assim divulgado aos jornais, pois sabemos que faria muito mal a corporação, pois sabemos se esta corporação fosse investigada, se saberia da onde de corrupção e ate acordos feitos com o trafico de drogas, e que certas entradas como essas são apenas tiros pra cima, muitos das vezes, para mostrar serviço.

Foi mostrando serviço, que a bala matou Jose, e assim que combatem a violência, com mais violência, não existe, mocinho ou bandido, isso e puro sarcasmo meu no inicio deste texto, que denuncia a mais pura realidade existente no Brasil.

Quem tem que decidir quem vive ou quem morre?

O destino da bala?

Às vezes, possuímos armas, o problema e que não enxergamos que ela e uma arma, nossa boca, e nossa maior arma, de onde sai palavras, que  senão forem bem pensadas ou não quiser definir realmente quem e o alvo, acabam-se por ser como balas, sempre atingindo alguém, este alguém vai acabar saindo ferido, por apenas uma palavra, uma palavra mal dita, uma palavra perdida. Guarde suas palavras, como guardam as munições, e preciso saber quando usá-las, então guarde-as para a guerra!

                                       Ritter

" Um ser forte"

Venho me perguntando, o que faz de um ser forte ou ser fraco?

Deparo-me com respostas que não respondem minhas perguntas, e sim, prolifera minha onda de questionamento.

Seriam sua estrutura física, seu poder enfrentar agressões e se impor mediantes os mais fracos ou sua estrutura psicológica mediante as adversidades que a vida nos impõe, e continuar a vivê-la.

 O que faz dos leões, tubarões, animais tão temidos e respeitados, pela lei da selva? Sua coragem? Seu instinto?

A resposta e a seguinte: Eles não sabem que irão morrer, seguem seus sentidos, suas necessidades, dão continuidade a cadeia alimentar.

O certo, e que os seres humanos são racionais, como todos sabem, pensamos demais, nos tornamos maquinas perante o que a sociedade nos impõe, obrigados a seguir um “pacto social”, onde todos devem ter certos tipos comportamentos, para que assim sejam aceitos, não sendo assim, excluídos dos demais.

Devido a isso, tentamos nos igualar a aos outros, nos vestimos iguais, comportamentos parecidos, dando assim um fim, a originalidade. Ora, se todos são supostamente diferentes, “cada qual e cada qual”, porque nos igualamos? Porque não nos aceitamos?

Gostaria que todos detivessem de uma força capaz de enfrentar seus medos, seus piores pesadelos, ocorre que nos próprios nos julgamos, nos tornamos os juízes de nos mesmos, e pagamos a sentença imposta, de não sermos felizes por completo, por ficar preso. Por que falar em prisão?

Porque na verdade somos todos prisioneiros, não existe mais liberdade, estamos cercados por todos os lados, por maquinas digitais, sistemas operacionais, que sabem onde você esteve, ou que você comprou e etc.

Estamos sendo vigiados, por toda nossa existência.

Retomando a linha de raciocino, a resposta e sabemos que vamos morrer, ou seja, tememos a morte, não enfrentamos tudo e todos, por que pensamos no amanha, nas criticas,nas conseqüências dos nossos atos, porque sabemos que seremos julgados, mais cedo ou mais tarde, e esse mais tarde, pode ir alem da sua existência, pois acredite, são poucos que querem seu bem, os serem humanos vivem em bando,ou seja coabitam,  pode-se dizer que tal fato seja ate instinto ou não, precisamos de testemunhas pra tudo, sendo assim, de que valor teria nossa vida?

Como aquela velha piada, que o rapaz, esta com a modelo dos seus sonhos em uma ilha, e logo depois de terem tido relações, ele pede pra que ela se vista de homem, ela obedece, mais confusa, o questiona, o porquê disso, ele responde: - Eu tinha que contar para um amigo, senão qual seria a graça?

Precisamos um dos outros, na verdade necessitamos, mais temos que ter certo equilíbrio, perante essa necessidade, quando você julga um amigo por estar com você nas horas em que mais precisa. Cabe frisar, mesmo ele com as melhores das intenções, sua situação esta fazendo bem para o seu ego, ele reflete ao saber que estar melhor que você, ele te sobrepõe mesmo que não transpareça. Uma lição de cada vez, mais essa e primordial, as pessoas são egoístas, não perdem aquele velho habito que quando criança,agarram certo objeto com veemência e gritam: - E MEUUU!!

Desejamos tudo ao alcance de nossas mãos, idolatramos a posse, o domínio não nos satisfaz, não aceitamos o fato de saber que aquela pessoa que não esta no seu alcance,pois a verdade e que sempre queremos obter o poder de olhar, falar, tocar.

Em meu ponto de vista, penso que o isolamento durante um tempo, e a melhor forma de conviver consigo mesmo, aprender a não necessitar de companhia, compreender fraquezas, mais sem se julgar, apenas se corrigir, obedecer suas proprias regras e limites.

Ninguém para dizer o que você pode ou não pode fazer, afinal, você e dono de si mesmo, e quando estiver perdido, terá que achar o seu caminho de volta, e se quer chegar longe, tera de ir sozinho, desprendendo-se assim de suas amarras.

Pois aprendi, durante o decorrer de minha vida, só nos decepcionamos quando esperamos algo de alguém, e obvio, quando nada e esperado, torna-se surpresa.

Queremos a mudança de todos, para que assim, se amoldem ao nosso gosto e nossas expectativas.

Quando começarmos a pensar em nos como centro de nosso mundo, e mudarmos definitivamente, fortificando a mente, em conseqüência fortificará o corpo, porque saberemos que não somos fracos e sim, que a vida e assim mesmo, feita de batalhas, umas perderemos, outras venceremos, o importante não e ter força pra lutar, e sim força para se reerguer quando cair, sem precisar de ajuda.

Tornando-se assim um ser forte. Essa e minha definiçao. (Ritter)