Muita chuva.
E época de tempestade!
Muita solidão.
Que atravessa a cidade.
Quando as águas vão parar de rolar?
Quando os rostos começaram a secar?
Será que as coisas que essa chuva levou,
Voltaram ao seu lugar?
E tudo que desmoronou,
Será que algo novo e melhor vai ser construído em seu lugar?
Por esses vidros embaçados
Passo a imaginar...
Quando essa chuva ira acabar?
Para que o sol possa retornar...
Para que acabe com esses dias tão cinzas e sombrios
Dando fim as trovoadas
Aos meus calafrios...
Quero que passe logo esta estação.
Quero meu caminho livre
Em vez de lama no chão.
Quero olhar as lindas paisagens
Em vez do que assisto na televisão.
Quero uma nova previsão
Que o tempo bom esta por vir
Será que São Pedro não entende?
O céu já desabou por aqui.
Mais que época chuvosa!
Chove cada vez mais.
O tempo já ta fechando
Com aquela nuvem que vem de trás.
Já tentei concertar meu telhado
Mais a ainda ha espaço para goteiras
A balde por todos os lados
Mais minhas lagrimas são traiçoeiras.
Quanto mais tento secar
Chegam desaguar como cachoeiras.
Não entendo como esta chovendo logo aqui?!
Um dos lugares mais secos desse sertão.
Os açudes transbordaram acabando com toda a plantação
Deixando destroços por toda região
Retirando tudo que se encontrava em sua devida posição
Cada vez mais esse ceu relampeja
Talvez São Pedro certo esteja
Por mais um tempo ficar a chuva a de ficar
Enquanto isso, tento resolvo minha situação
Quando de vez por todas acabar.
Do meu suor nao abrirei mao
Estarei do lado de fora, na minha plantaçao
O dobro de sementes irei plantar
Porque sei dos frutos que me darão
Por enquanto tento me acostumar
Com essa tempestade advinda da chuva da solidão .
Ritter
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